Patrick pode ser o elo de reaproximação entre Hulk e Paulinho no Galo

Entrada do meia na vitória sobre o São Paulo mostrou uma alternativa bem interessante a Felipão

patrick 160323Além da abrupta mexida no estilo de jogo da equipe, a troca de Eduardo Coudet para Luiz Felipe Scolari acabou por afastar dentro de campo os dois melhores jogadores do elenco atleticano. Se Paulinho e Hulk resolveram através do talento diversos jogos para o time mineiro na temporada, ambos tiveram uma queda considerável com Felipão no comando. A forma como o treinador utilizou Patrick, no 2º tempo contra o São Paulo, pode ter indicado o melhor caminho para retomar o cenário anterior.

Antes de mais nada é preciso entender o esquema tático preferido de cada treinador. Além do modelo ofensivo ser diferente, - Felipão mais adepto do jogo direto e dos contragolpes, e Coudet buscando mais aproximação entre as peças no campo de ataque e marcação pressão na saída de bola adversária - o Atlético Mineiro atuava quase sempre no 4-1-3-2 com o argentino. Já o brasileiro varia entre o 4-3-3 e o 4-2-3-1.

É importante frisar isso para entender as funções de Paulinho em cada uma das realidades. Com Coudet era um atacante central ao lado de Hulk. Tinha liberdade de circulação pelo ataque e o jogo intuitivo de ambos levava muita dificuldade ao encaixe de marcação aos adversários. Com Scolari, Paulinho sempre foi utilizado como ponta até o 2º tempo do jogo de domingo. Se mantinha quase sempre aberto pela esquerda e descia marcando o lateral rival.

Esta segunda maneira de utilizar Paulinho não é a ideal dentro do contexto do Galo. Se no Bayer Leverkusen e na seleção olímpica atuou bastante assim, no time brasileiro é uma das referências técnicas. Precisa de menos obrigações defensivas e mais liberdade para oferecer aquilo que pode.

Felipão vinha usando Zaracho como meia-central e Hulk como centroavante, com Paulinho e Pavón pelos flancos. Com a lesão do argentino e a dificuldade de Igor Gomes e Hyoran se mostrarem totalmente confiáveis na função, o técnico lançou mão de Patrick na 2ª etapa. Deixou o meia aberto na esquerda, função em que ele rende melhor, e centralizou Paulinho.

Mesmo não atuando em dupla com Hulk, mas sim um pouco mais atrás, como um meia-central, o camisa 10 do Galo esteve mais próximo do atacante. E essa combinação é explosiva. Sempre que se procuraram em campo, o Atlético conseguiu alcançar os seus objetivos.

Hulk deu cinco assistências na temporada, quatro delas para gols de Paulinho. A cada quatro gols que o ex-atacante do Vasco faz em média, um tem o camisa 7 como garçom. O mesmo acontece no sentido contrário. Paulinho deu seis assistências em 2023, cinco delas para Hulk, que tem 22 tentos no ano. É um encaixe perfeito.

Em desvantagem contra o Palmeiras pela Libertadores, o time mineiro precisa vencer por no mínimo um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis no Allianz Parque. Reaproximar Paulinho e Hulk é a melhor forma de aumentar o potencial criativo da equipe. Mesmo que a bola não chegue redonda para eles constantemente, podem desequilibrar pela simples sintonia.

Fonte: GloboEsporte

The Company has the right to send the User notifications about new products and services, special offers and various events. The User may opt out of receiving notifications by sending a letter to the Company to the e-mail address thinkball@thinkball.com.br with the note “Opt-out of notifications”.