Mariano comemora renovação de contrato, permanência de Felipão e revela histórias com Paulinho, Hulk e Neymar

mariano 071223De contrato renovado com o Atlético-MG, o lateral-esquerdo Mariano comemorou o novo vínculo em entrevista exclusiva ao 365Scores. Na conversa com o site, o jogador ainda celebrou a possível permanência de Felipão em 2024 e revelou histórias com Paulinho e Hulk.

“Feliz de fazer parte desse grupo. A gente segue trabalhando forte. As coisas começaram a dar certo no segundo turno após os tropeços no primeiro. Fazendo um returno de campeão. Podemos matematicamente sermos campeões, mas sabemos que é uma coisa muito difícil. Mas estamos muito felizes por terminarmos o campeonato como estamos jogando”, disse Mariano.

“Renovamos por mais um ano, estou bastante feliz, foi algo gratificante, poder fazer uma história. Creio que meu nome está marcado no Atlético pelo que conquistamos, principalmente em 2021. Estou bastante feliz, minha esposa, principalmente minha filha, que está no período de escola, ela foi a que mais ficou feliz por não ter que trocar de escola e cidade. Era o que eu pretendia, sabemos da nossa situação, vendo três jogadores de carreira espetacular, Réver, Fábio e o Filipe, já receberam as homenagens. A gente sabe que esse ciclo vai chegar ao fim, o meu está próximo”, celebrou o jogador.

Recentemente, o técnico Felipão indicou que deve permanecer no clube para a próxima temporada. Na opinião de Mariano, apenas se algo “muito impossível” acontecesse, ele não deveria ficar para a próxima temporada.

“Super importante (permanência do Felipão). Sabemos a importância de ter uma sequência de trabalho. O Felipão é prova disso, quando chegou o time jogava totalmente diferente do estilo dele, que pressionava bastante, e precisou de tempo. O tempo foi o segundo turno, quando veio a resposta. Ele se adaptou a nós e a ele. E deu certo, se deu certo, não tem para que mudar. Só se acontecesse algo muito impossível para ele não ficar. Tem que ser a longo prazo para as coisas encaixarem, o treinador conhecer os jogadores”, disse.

“Para mim foi uma notícia muito boa, o dia a dia do Felipão é o que a gente escutava. Família, um cara paizão, que zela pelo jogador, a família fora de campo. A gente sabe, se o cara está bem fora de campo, dentro tem tudo para dar certo. Ele junto com o Carlão (Pracidelli), o Cristiano Nunes, o pessoal é muito importante e a resposta está aí no segundo turno”, continuou.

“Para nós, quando foi noticiada a chegada dele, todos ficaram felizes por ter um cara como o Felipão como comandante. É conhecido mundialmente, que tem um currículo impressionante, ganhou Copa e tudo mais. Merece todo o respeito. No futebol, principalmente no Brasil, a cobrança por resultados é maior. Tudo precisa de tempo, não se consegue resultado em uma semana ou um mês. Como eu disse, está nosso segundo turno, está aí a resposta para muitos que duvidaram de nós e do treinador. Os que duvidaram do Felipão, hoje tenho certeza que falam o contrário do que diziam dois meses atrás. Estou feliz com a permanência, com nosso trabalho. Que possamos selar esse trabalho com o segundo lugar, para quem brigava pelos 45 pontos para ficar tranquilo, matematicamente brigamos pelo título”, finalizou.

“Quebradas” de Paulinho e Hulk
Um dos jogadores mais experientes do atual elenco do Atlético-MG, Mariano já atua na equipe há três anos e participou da campanha histórica de 2021, com os títulos da Copa do Brasil e do Brasileirão. Antes já com Hulk, neste ano o time contou também com o artilheiro Hulk. Na conversa com o 365Scores, o lateral-direito ressaltou o lado brincalhão dos atacantes e revelou as “quebradas” dos dois, na moda e na música.

“O nosso grupo recebe bem quem chega, o Paulinho foi um deles. Com o Hulk temos três anos juntos, é super do bem, da resenha, viveu muitas coisas, em muitos vestiários. Tem a experiência que eu tenho no futebol, temos a mesma idade. A gente sempre está brincando, pela resenha, quando ele chegou quebrava para caramba com o estilo de roupa fraco. Com o Paulinho também, carioca, eles são espontâneos, gostam da resenha. Só as músicas dele que são muito fracas. Tem os ritmos dele, um gostos diferentes. Mas respeitamos o estilo de todos, gosto é indiscutível”, brincou o jogador.

Veja mais temas da entrevista exclusiva de Mariano ao 365Scores:
Jogos contra Neymar

“Peguei esses caras voando. Peguei o segundo ano do Neymar. Messi, Suárez, meu Deus. Era uma alegria imensa estar perto daqueles caras. O Neymar eu não sabia para onde virava, se para a direita, esquerda, deixar a bola passar. Era absurdo marcar ele. Primeiro jogo contra ele, eu estava no banco, já tinha jogado contra ele no Santos, e ele foi me cumprimentar. Já fiquei grato pela simplicidade dele. Depois de entrar em campo, marcar ele, ver o Messi, Cristiano Ronaldo, caras que eu só via na TV, no vídeo game. Eu só fui para o Sevilla porque tinha o sonho de jogar a Liga dos Campeões. Não mudei nada de contrato. Não teve mudança de salário. As coisas foram acontecendo e foi assim na minha carreira até aqui”

Importância da passagem pelo futebol europeu
“Foram muito importantes as temporadas na Europa. Em 2010 eu atacava muito. Tinha uns 23 anos no Fluminense e atacava. Mas hoje penso, na época eu ia 15 vezes para a linha de fundo para acertar dois cruzamentos. Hoje vou uma ou duas vezes e acerto. Era o momento. Naquela época era assim, hoje, com a idade e a experiência, controlamos isso. Foi o que eu aprendi. Quando fui para a França, aprendi a marcar. Quando vou para a Espanha, tinha que atacar, ai voltei a ser como no Fluminense, mas melhorei muito em defender. Eu aprimorei muito a defesa. No Galatasaray eu atacava também. Tínhamos um estilo de jogadores. Aí foi chegando a idade”

“Fui para a Turquia com 32, já vamos cortando os atalhos, não consegue jogar três ou quatro jogos seguidos. Uma coisa é aprender e continuar no mesmo nível. Se cair o nível, você cai o nível de clube, liga e quando cheguei no fim da passagem pela Europa, sentei com minha esposa e achamos que o melhor era voltar ao Brasil. Eu queria voltar para um clube grande, que pagava em dia e brigar por título. E graças a Deus, o Sampaoli veio para o Atlético e me chamou. O Galo tem planejamento de ganhar títulos, crescer no cenário brasileiro e as coisas foram acontecendo. Fui aprimorando, perdi a velocidade, mas tinha o passe, armar a jogada. Poucos sabem que eu era camisa 10 em Osasco. Mas na base não tinha lateral direito, eu fui indo e estou aqui. São coisas que o futebol nos proporciona”

Chances de título
“A gente sabe que tudo pode acontecer, temos que entrar focados. Nós nesses dias antes do jogo temos trabalhado, para entrar focado, não temos a vaga para a Libertadores garantida. Depende da nossa vitória, corremos o risco de um empate, uma fatalidade de uma derrota, sabemos que pode acontecer muitas coisas. Tivemos grandes vitórias contra Grêmio, São Paulo e Flamengo e temos que manter o ritmo para conquistar os objetivos, que inicialmente era o G6, agora o G4. Sabemos que é difícil, o adversário também precisa do resultado, se livrar de um rebaixamento, temos que manter os pés no chão para fazer um grande jogo em Salvador”

Importância da boa relação com o elenco
“Isso é de suma importância (ser bom de grupo), não só para mim, mas todo o elenco. Temos um grupo muito bom, desde 2020, quando cheguei, sempre foi um grupo humilde, de jogadores que vinham crescendo, buscando títulos. Eu sempre prezei por isso, onde joguei, de ser um cara de grupo, bem quisto, que independente da situação chegava alegre no vestiário. Mas na maioria dos treinamentos chego o mais alegre possível. Nunca precisei passar por cima de ninguém, claro que depois da experiência, melhoramos”

“Tentamos passar isso para os mais jovens, ter paciência, quando fica no banco. É normal, ninguém gosta de ficar de fora, eu também não, mas hoje com a experiência entendemos o outro lado, do treinador, do companheiro que se esforça para ter seu lugar. Isso faz um grupo forte, vencedor. Quando respeitamos todos, a tendência é que as coisas sejam boas. Hoje temos jogadores de nome, passaram outros como o Diego Costa, que teve uma carreira brilhante lá fora e foi bem recebido pela gente, chegou brincalhão, parecia que estava há dois anos com a gente. É satisfatório, minha alegria de ficar mais um ano é grande, esse é um dos motivos. Todos são legais e é gratificante fazer parte desse clube da grandeza do Atlético”

Falta de oportunidades na Seleção
“Não vou dizer que faltaram oportunidades. Sabemos a dificuldade de jogar na Seleção. Na minha geração, tinha outros jogadores em alto nível. O próprio Daniel Alves, Danilo, o Fagner atuava em alto nível. Tinha uma concorrência grande. Fui convocado duas vezes. Posso dizer que poderia ter participado. Foram dois amistosos e não joguei. Com o Tite em 2017, quando estava no Sevilla, quando o Daniel Alves foi suspenso, nas Eliminatórias. Mas tudo é no seu tempo, tudo é momento. Se não tive as oportunidades, não vou culpar ninguém, nem a mim. Estava fazendo um bom trabalho, jogando em alto nível na Europa. Fico muito feliz por ter sido convocado. Só de estar com os jogadores, em 2010 o Robinho, o Réver, o Victor. Vários jogadores que só via na TV e de jogar contra. Pude dividir o mesmo ambiente. Em 2017 com Neymar, Marcelo e Casemiro. Para mim é gratificante, por ter vivido isso, assim como segui. Tenho uma carreira bem legal”

Vitória contra o São Paulo
“Realmente foi uma vitória muito especial, sabíamos da grandeza desse jogo. Tínhamos que vencer pelo G4 e pelo título, sabemos que terminar entre os quatro é um objetivo grande. Claro que tínhamos o sonho do título. Provavelmente uma derrota ou empate do Palmeiras, mas não aconteceu, um banho de água fria. Mas esperávamos, sabíamos da força do Palmeiras dentro de casa e que o Fluminense não iria com força máxima. Nosso objetivo era fazer nosso dever, com nossa torcida, tínhamos que ganhar, conseguimos e agora é manter a cabeça boa para que possamos selar esse G4”

Momento de Savinho
“Não estou surpreso pelo momento dele na Espanha. Qualidade gigante. É um moleque que estava se conhecendo no futebol, a gente tenta passar algo de bom para que não se iluda. Quando chega esse momento da fama, começam a aparecer muitas coisas. É um muleque super do bem, que tinha a família por perto. A qualidade como jogador era impressionante. O Sampaoli subiu ele em 2020. É isso que vocês estão vendo, uma qualidade impressionante. Foi para um lugar, a Espanha, que joga e deixa jogar. Está no caminho certo. Na próxima temporada, o City deve pegar ele para o time fraquinho do Guardiola. Em pouco tempo vai aparecer na Seleção”

Fonte: 365scores.com

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