Lateral do Galo coleciona títulos e está prestes a completar 800 jogos como profissional
Foto: Pedro Souza Agência Galo
O ano era 2004. No dia 20 de novembro, o jovem lateral-direito Mariano, à época aos 18 anos de idade, entrava em campo pela primeira vez vestindo a camisa do Guarani e realizava o sonho de se tornar jogador de futebol profissional. No antigo Palestra Itália, casa do Palmeiras, diante de 22.651 torcedores, iniciava-se a vitoriosa trajetória de um multicampeão, nascido na pequena São João-PE e criado em Osasco-SP, que viria a fazer história em grandes clubes do Brasil e da Europa: aos 44 minutos da etapa final, entrou em campo para substituir Catatau e ainda ver o Bugre fazer o segundo gol, aos 46, e sacramentar a vitória, por 2 a 0, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Desde então, duas décadas se passaram e Mariano entrou em campo outras 798 vezes, anotou 19 gols e distribuiu mais de 70 assistências. Do Brinco de Ouro da Princesa, passando por Maracanã, Mineirão e Santiago Bernabéu, coleciona grandes feitos por equipes como Fluminense, Bordeaux, Sevilla, Galatasaray e Atlético-MG, clube que defende desde 2020, em sua segunda passagem, e soma 182 aparições.
“Quando olho pra trás e vejo tudo o que vivi, às vezes é difícil até de acreditar, ver aonde pude chegar. Uma infância que não foi das mais fáceis, mas que também não me faltou comida no prato, uma família grande, muitos irmãos, meus pais tentando ganhar a vida e o sustento para que pudéssemos ter uma vida digna. E consegui me tornar jogador profissional, rodar o mundo jogando futebol, ser convocado pela Seleção, ganhar títulos e fazer história. Deus me honrou muito, sou muito grato a Ele, minha esposa, meus familiares e amigos próximos, a todos que sempre estiveram e estão comigo. A caminhada não foi fácil, mas me orgulho muito da carreira que construí e sigo construindo nesses vinte anos”, revelou Mariano.
Motivo de orgulho que pode ser resumido em 15 títulos. O primeiro deles, com o icônico “time de guerreiros” do Fluminense, quando em 2010 faturou o Brasileirão, feito que viria a repetir com a camisa do Atlético-MG, em 2021, sendo peça crucial para tirar o time de um jejum de 50 anos sem erguer a taça da principal competição nacional. Pelo Galo, mais sete troféus: a Copa do Brasil (2021), Supercopa do Brasil (2022) e o pentacampeonato mineiro (2020, 2021, 2022, 2023 e 2024), consolidando seu nome na galeria dos laterais mais vencedores da história atleticana.
Em nove anos de Europa, 336 partidas e conquistas nos três clubes que defendeu: no Bordeaux, a Copa da França 2012/13; no Galatasaray, bicampeão do Campeonato Turco (2017/18 e 2018/19), uma Copa da Turquia (2018/19) e uma Supercopa (2019) e a histórica UEFA Europa League com o Sevilla, na temporada 2015/16.
“Aquele menino Mariano de 2004 que sonhava com o futebol, que sonhava construir uma carreira e ser campeão, ainda está vivo em mim. Continuo sonhando e querendo mais. Me cuido e trabalho para isso a cada dia. O Atlético-MG tem mais uma decisão esse ano e queremos mais esse título, aliás, um título que falta para a minha carreira”, contou o jogador.
Se entrar em campo quarta-feira, contra o Botafogo, pela 34ª rodada do Brasileirão, Mariano completará 800 jogos no mesmo dia em que completa 20 anos de carreira.
Rafael Alvarez
Assessoria de Imprensa – Think Ball & Sports Consulting